17 de mar. de 2008

gastou algum tempo refletindo sobre o ato de levantar ou não. engoliu o café com leite, sem pão. enquanto juntava tudo, uma maçã tinha ares de religião purificando o obsoleto. sabia que o dia seria mais azul, mais verde. a chuva lavaria o embasso, mas enquanto isso, brotava do chão como se a qualquer momento uma camada concreta e espessa fosse boiar. estar nela era banhar-se no que não se controla sob o grito poderoso do trovão. o resto era reflexão sobre como manter o bom humor ensopada, atrasada, sem dinheiro para o ônibus. o jeito era voltar e buscar em casa. mais atraso. no fim saberia que chegaria ilesa, mas enquanto isso o motorista queimaria a parada. parecia um dia que não se quer. e quando tudo cumpriu a cor, a panapaná justificou tudo.

13 de mar. de 2008

saudade em passado, presente e futuro

eu
dobradura de papel para os olhos sentirem paixão na cor madeira
tu
o que se tem e ainda não se viu
nós
o sonho que embala a esperança