23 de jan. de 2008

um
encanto
de canto
num recanto

equanto o
sapo coacha.

P.S. eu tenho uma amiga linda. do tipo que te dá a lua numa noite luminescente. eu até acho que é amor de alma. "Como é que a alma entra nessa história? Afinal o amor é tão carnal. Eu bem que tento, tento entender mas a minha alma não quer nem saber só quer entrar em você. Como tantas vezes já me viu fazer... E eu digo calma alma minha. Calminha! Você tem muito que aprender..."

11 de jan. de 2008

cabeça pousada lentamente sobre a coxa dela.
mandalas imperiais.
e por último o sorriso escondido da lua.
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e era tanto mais.

6 de jan. de 2008

enquanto Janis Joplin rasgava seus sentidos...
a pele e a água.
parecia Deus acenando porque ia deitar.
quando as bruxas chegaram não havia o que ser dito.
magia.
fogo.
a mandala que nos uniu numa aliança secreta.
nós e o mundo.
e Deus soprou um segredo.
e é perigoso contar.

4 de jan. de 2008

não foi de repente que aconteceu.
lembrou que precisava ler 'o processo'. coisas tão reais que... coisas imaginárias.
o óbvio descoberto. mas ninguém pode ver o paralelo do outro. é-se.
e resolveu contar ao mundo o que via. e mais, o que pensava do visto. foi um choque! tudo soou tão medíocre.
às vezes a vida engole a gente com uma boca imensa. tão grande que a gente encontra aconchego primeiro numa maciez de lábios carnudos e suaves róseos avermelhados úmidos, depois esquece-se. e acorda-se fora da vida. e o grito não alivia, tão pouco consegue-se chorar. dobra-se e volta-se pra o ventre da terra. e ela nos pare. nascemos relva. e brilhamos. e ficamos soltos no mundo. e somos. [e nunca mais calamos. porque até esse silêncio preenche os sentidos.]

2 de jan. de 2008

acordou dentro de um sonho. deve ter sido a 'sálvia'.
abriu os olhos e se assustou com isso de ser.
sentiu o maior medo do mundo.
depois tudo ficou com cara de revelação.
e nunca mais pode ser da mesma maneira.
já era tempo. tempo, tempo, tempo, tempo.
a morte é o tempo. a morte mata o tempo. o tempo engole a morte.
-muito prazer. My name is Melissa. e penso, às vezes, em passear nos jardins da tamarineira.
e nunca me sinto abandonada. e nunca me sinto traída. mas 'sou áspera'. porque ainda não sei. 'isso é a minha maior liberdade'.