11 de abr. de 2010

O filhinho puxando a aba de sua saia, uma água que fervia no fogão, gavetas abertas, lençóis emaranhados em objetos desordenados. Um teclado em seu colo, um resto de sementes com leite esquecido embaixo de uma almofada surrada. Uma música ressignificando tudo ao seu redor. Um lugar, um cantinho.o inferno é os outros, deve ser por isso que saber que a sua consciência te basta e não dá importância alguma na dos outros te liberte. É solitário. asasliberdade te dá . Voar é mover-se, sentir brisas e brumas. E sair da mente e do corpo não é morrer. E você fica feliz e se torna uma pessoa boa. Pacificadora. Amém. Enquanto o filhinho descobre aquele resto de leite com sementes. Águia empurrando filhote.

8 de abr. de 2010

após uma noite insone e a lembrança do sonho que não aconteceu:

então... foi perceber que parte de um espremedor de batatas talvez sirva para essas velas que há muito não acendo.

ressignificar isso que
vejo.
vivo.
vives.
vivemos.

ressignificarmo-nos.

isso que sinto e que não vejo como você.
ressignificar esse ar cortado por palavras.
essas imagens que vejo.

isso que sinto apalpando, que minhas mãos sabem, mas minh’alma mostra.
ressignificados, pois as imagens não correspondem ao real. não ao real óbvio. e é esse outro que me interessa.

uma serpente me picou no final da manhã. fazia calor no asfalto. tive vontade de andar com um ovo cru na bolsa, só pra testar. tenho pegadores. em todos os cantos. nos menos imagináveis. alguns são ressignificados.