e se você soubesse todos os segredos de alguém?
isso me lembra morte.
muito peso suportar duas vidas.
sempre sofri pelo desespero dos outros.
um dia um menino perdeu o guarda chuva e eu sofri.
percebi como a perda é dúbia.
é uma mistura de desespero e esperança.
e quando passa você percebe que continua ali.
e esperta sofre d'um jeito diferente.
e havia o jardim amarelo do seu lado direito.
o vermelho do lado esquerdo.
e verde em cima e em baixo.
não há como saber o que sente um corpo que não sente nada.
a boca não fala. os olhos não veem. a pele não sente. mas... o que sente?
e quem sente?
[não importa. mesmo]
...
20 de jan. de 2011
19 de jan. de 2011
a areia da praia dentro da garrafa mantém-se sempre úmida.sal?
mão pro céu.
sítio.
jardim de terra e árvores. alto.
viajar.
raizes voam?
de vez em quando vislumbro fagulhas da essência.
a minha.
preciso regar a planta.
agora. já é a enésima vez que lembro. ela tem sede e também eu.
sede salgada.
...saciada.
me distráis.
de quando lia no dicionário sobre a palavra cair enquanto escutava "eu já caí na desgraça"
estranho.
'olhar.ver.ouvir.calar.'
mão pro céu.
sítio.
jardim de terra e árvores. alto.
viajar.
raizes voam?
de vez em quando vislumbro fagulhas da essência.
a minha.
preciso regar a planta.
agora. já é a enésima vez que lembro. ela tem sede e também eu.
sede salgada.
...saciada.
me distráis.
de quando lia no dicionário sobre a palavra cair enquanto escutava "eu já caí na desgraça"
estranho.
'olhar.ver.ouvir.calar.'
18 de jan. de 2011
3 de jan. de 2011
1 de jan. de 2011
enquanto caía, a chuva, fininha sobre a cidade. sob a cidade. sobe a cidade. sobra a cidade e seu deserto concreto. ecos. monstros que giram. calçada molhada.
era como se a chuva explodisse suas lágrimas.
na cidade que continuava ali. e ela nela. céu fogo cinza de papel queimado. naquele dia. todos os seus segredos viraram folhas. um saco plástico imenso de papel picado molhado. e a chuva continuava a cair, fininha, branca pálida.
era como se a chuva explodisse suas lágrimas.
na cidade que continuava ali. e ela nela. céu fogo cinza de papel queimado. naquele dia. todos os seus segredos viraram folhas. um saco plástico imenso de papel picado molhado. e a chuva continuava a cair, fininha, branca pálida.
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