21 de set. de 2007

apreciar o sabor seja ele qual for.
só depois de ter bebido o doce amargo pensou na possibilidade de não prová-lo novamente. só depois soube. quem sabe um dia apareceria alguém com outro cálice daqueles. vai saber. mas isso foi depois de muito tempo.

aquela criatura sempre estava lá. de vez em quando e quase sempre em silêncio que era sua forma de falar. numa tarde laranja-quente de uma brisa cinza na pele ela provou. junto com o que não parecia agradável saiu tudo que havia por dentro d'uma só vez. então percebeu que o vazio é o que fortalece e enfraquece uma criatura, essa hora de força nehuma e de todo o espaço necessário pra o que escolher.
nascia-se sempre. cada vez que morria.

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