desculpa-me, abri suas gavetas. Vi as cartas, todas as dedicatórias.
entre curiosa e culpada te peço perdão.
percebi que o que mostravas era tudo 'que querias que eu visse.
encantei-me, entretanto. emocionada, quase derramei lágrimas.
por fim vi teus olhos. eles me acusavam.
então fiz o meu papel e fingi que não era comigo.
no domingo, perambulei, arrastei-me.
fiz a lista.
escutei ac acalentando dores de cotovelo debruçada e aérea. pela janela vi que você não passava.
e lembrei que sabíamos sorrir.
pela janela...
enquanto você acenava pra mim...
e enquanto lembrava fui segurando com carinho e guardando tudo numa caixinha.
e nunca entenderia a razão pela qual não estudara física quântica.
e percebia o quanto já sabia.
e havia aquele sentimento de amor.
e era um tanto quanto paranormal.
bastava estar vivo.
e sentiu-se em paz ao ler que o santo admira muito mais o cordão que une as pérolas.
...
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