18 de jan. de 2010

ele me disse que o domingo era bom. feito criança. seria.
eu contei pra ele coisas de uma quinta-feira.
e insinuei segredos da segunda.

a gente lembrou.

fp era sábio. entendia o tempo. o que se vê. e distraia-se dele naturalmente.

e se tudo acabar? e se for mesmo assim? o agora é ilusão... passagem. o que significa? ou tudo significa, apenas nada.
[e de que adianta se importar?]

era uma vez uma mulher. e ela tinha sentimentos. mas escondia. e fingiu toda uma vida. e não havia pressa nela.
numa noite sentiu medo. e imaginou-se numa floresta. o medo se foi. ficou um rastro de loucura. como carrinhos vermelhos passeando por estradas imaginárias. riscadas por um inventor.
sentia uma fome vermelha e fresca.
e precisava encher-se do inexistente. e de si.
de vez em quando lembrava como é difícil perdoar. esquecer. sobreviver. comer.

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