20 de jan. de 2010

[estou cheia daquilo que não posso te mostrar. por mais que queira.]
haverá um lapso no tempo.
chegou ao supermercado um pouco desbaratinada. estava cheio. sentia fome. abriu um pacote de salgadinho, uma garrafa de água com gás. chicletes.
e num espalhar branco pelo estômago lembrou da panela com agua fervendo na sua casa.
fechara a porta. fechara? sim!
precisaria voltar correndo. mas não pagara ainda e havia aquelas 12345 pessoas na sua frente. ele era alto, bonito. daqueles que você só de olhar pensa. deu-lhe uma nota de vinte com o seu telefone escrito. disse que se ele ligasse ela poderia explicar tudo. ele recebeu. e continuou na fila.
enquanto voltava, aflita, pareceu dar de cara com um sólido invísivel. que estúpida! enfim.
sofria antecipadamente com as consequências daquilo que não deveria ter feito. fez. fazia.
vivia dizendo não ao que queria que assim o fosse. que tonta! o fogão estava desligado. o telefone tocou. era o troco. poderiam tomar uns chopps com ele. e assim o fizeram.
e aos poucos foram surgindo as mentiras. o acre.
sucessivamente.
moscas.

Nenhum comentário: